O índice de abstenção nas eleições deste ano ficou entre 25,95% (no estado) e 30% (na Capital). Esse patamar foi praticamente o mesmo registrado entre os cerca de 171 mil eleitores que tiveram seus locais de votação alterados pelo TRE-RJ por motivos de segurança. Entre os eleitores transferidos para votar nas 53 novas localidades da Capital, Região Metropolitana e interior, 28,01% não compareceram às urnas no primeiro turno. 

De acordo com Coordenadoria de Planejamento do TRE-RJ, responsável pelo setor de estatísticas, esse percentual manteve-se no mesmo patamar quando comparadas às demais áreas consideradas de risco (26,97%) que não tiveram locais de votação alterados. Nem todas as localidades identificadas como sensíveis tiveram seus locais de votação modificados por conta do tempo necessário para implementação da medida. 

As mudanças ocorreram somente nos casos em que a urna chegava acompanhada por forte efetivo policial, transportada por veículos blindados, e quando os novos locais de votação selecionados não exigiam deslocamentos superiores a 1,5km da origem. A medida buscou garantir a segurança e a integridade de todos os envolvidos no processo eleitoral, sem comprometer a comodidade para o exercício do direito-dever do voto.

O percentual médio de abstenção entre o eleitorado afetado pelas mudanças nos locais de votação manteve-se estável também em relação às eleições de 2020. No último pleito municipal, 27,46% dos eleitores não compareceram às urnas.

O maior contingente de impactados pelas mudanças esteve na Capital, onde 104.598 eleitores tiveram os locais transferidos para novos endereços, mais seguros. A medida beneficiou também as cidades de Belford Roxo (4.709), Duque de Caxias (16.789), Nova Iguaçu (6.679), Itaguaí (15.301), Japeri (2.738) e São João de Meriti (6.456), na Baixada Fluminense, Itaboraí (4.940) e  Niterói (6.396), na Região Metropolitana, além de Sapucaia (2.735), no Centro-Sul fluminense.