Auditoria de votação confirma integridade das urnas eletrônicas
Cinquenta e duas máquinas foram auditadas pelo TRE-RJ, nas eleições deste ano, em todo o estado
Nas eleições deste ano, o TRE-RJ auditou 43 urnas eletrônicas, no primeiro turno, e mais nove, no segundo turno, realizado em Niterói e Petrópolis. A Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica (Cave), que conduziu os trabalhos, acompanhada por empresa de auditoria independente, não identificou nenhuma divergência nos resultados apurados durante o Teste de Integridade e o Teste de Integridade com Biometria.
O procedimento foi realizado na Sala de Sessões do Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), durante o horário de votação, nas datas do primeiro e segundo turnos, em 6 e 27 de outubro.
O desembargador eleitoral Marcello de Sá Baptista, presidente da Cave, esteve à frente do procedimento, que mobilizou, no primeiro turno, cerca de 100 servidores do TRE-RJ e 137 de outros órgãos do Poder Judiciário e Ministério Público (TJRJ, TRF, MPF e TRT). No segundo turno participaram 99 pessoas.
O Teste de Integridade consiste em uma checagem feita entre os números anotados em cédulas de papel, previamente preenchidas por representantes dos partidos políticos e de instituições da sociedade civil, e os mesmos números digitados, um a um, nas urnas eletrônicas e no sistema de apoio à auditoria. O resultado nas urnas foi exatamente aquele registrado no sistema de apoio, comprovando o correto funcionamento das máquinas.
Realizado sob monitoramento de câmeras, o procedimento teve transmissão ao vivo pelo canal do TRE-RJ no YouTube nos dois turnos.
Sorteio das urnas eletrônicas
A definição das urnas a serem auditadas foi feita por meio de sorteio, em audiência pública, que aconteceu na véspera do pleito. Realizado na sede do TRE-RJ, o evento foi transmitido no canal do TRE-RJ no YouTube. Após o sorteio, a Justiça Eleitoral providenciou a retirada das urnas e o seu transporte para a capital em veículos seguros, sob a escolta de policiais. No lugar delas, urnas de contingência foram preparadas com os mesmos dados da urna que será auditada. Dessa forma, as eleitoras e os eleitores dessas zonas eleitorais puderam votar normalmente no dia seguinte.
Todas as etapas de preparação do Teste de Integridade e do Teste de Integridade com Biometria foram públicas, com divulgação de editais para credenciamento de entidades fiscalizadoras, o preenchimento das cédulas de votação, definição das urnas eletrônicas a serem auditadas, entre outras etapas.
Teste de Integridade com Biometria
Algumas das urnas sorteadas foram submetidas ao Teste de Integridade com Biometria. O procedimento conta com a participação direta de eleitoras(es) voluntários, que liberam o procedimento na urna eletrônica, por meio de suas digitais, posicionando seu dedo no leitor biométrico da máquina. Duas urnas passaram pelo teste, no primeiro turno, realizado na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Botafogo. Outra urna foi auditada, no segundo turno, no Country Club Niterói, em Pendotiba.
Teste de Autenticidade
Entre as 52 urnas eletrônicas auditadas, 13 passaram pelo Teste de Autenticidade, que tem como intuito verificar se o software das urnas é o mesmo que foi inspecionado pelas entidades fiscalizadoras ao longo do ano eleitoral, assinado digitalmente e lacrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em cerimônia pública realizada no mês que antecede o pleito. Conduzido por um juiz eleitoral, o procedimento foi realizado na própria seção eleitoral, antes do início da votação.