A iniciativa do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) que garante destinação social e ambientalmente correta a pen drives recebidos em razão da prestação de contas eleitorais ficou em segundo lugar na categoria sustentabilidade do I Prêmio de Inovação Eleitoral. Os vencedores do prêmio foram anunciados em cerimônia realizada na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última quinta-feira, em Brasília.

Para a chefe da Seção de Desenvolvimento Estratégico Sustentável (Sestsu) e idealizadora da ação, Isabella Feijó, o segundo lugar tem um sabor especial, uma vez que a votação foi feita exclusivamente por servidores da Justiça Eleitoral.

"O reconhecimento externo é sempre bem-vindo, mas o que realmente me emocionou foi ver a adesão dos colegas do Tribunal, que votaram em peso e nos fizeram ficar na frente da iniciativa do TRE-SP, que tem um quadro de pessoal bem maior que o nosso", comemora Isabella.

A iniciativa já destinou 260 pen drives utilizados nas eleições de 2018 para duas escolas públicas do estado, uma em Varre-Sai, no Noroeste Fluminense, e outra na Capital. O próximo lote de dispositivos, totalizando 330 pen drives, será distribuído para cinco escolas de Itaocara, também no Noroeste Fluminense. Ao todo, serão distribuídos mais de 1.800 pen drives.

Antes de chegar ao destino final, os periféricos passam pela área de informática do Tribunal para que sejam formatados. Nesse processo, todos os dados das(os) candidatas(os) são excluídos, eliminando-se os riscos à segurança da informação. Segundo a Seção de Desenvolvimento Estratégico Sustentável, cada pen drive leva em média meia hora para ser formatado de maneira que todos os dados sejam excluídos definitivamente.

A chefe da Sestsu adianta que pretende ampliar a iniciativa, dando uma destinação sustentável também para as mídias utilizadas em outros pleitos. Ela ressalta que o normativo do TRE-RJ que regulava a prestação de contas na eleição de 2022, por exemplo, já previa a destinação sustentável dos pen drives entregues pelas candidaturas. 

"Dessa forma, conseguiremos manter o Tribunal sem esse acúmulo de resíduo eletrônico, um problema crescente no mundo, além de assegurarmos uma destinação sustentável e socialmente interessante para o material", explica Isabella Feijó.