Seis coisas que você precisa saber sobre o código-fonte

Procedimento realizado pela Justiça Eleitoral acontece regularmente, pelo menos um ano antes de cada eleição

Procedimento realizado pela Justiça Eleitoral acontece regularmente, pelo menos um ano antes de ...

Com um ano e dois dias de antecedência das Eleições Municipais 2024, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, anunciou a abertura do código-fonte da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais para inspeção pelas entidades fiscalizadoras.

A solenidade marca o início do Ciclo de Transparência Democrática – Eleições 2024. Para entender tudo sobre o assunto, confira seis pontos importantes:

1) O que é o código-fonte?

É o conjunto de comandos escritos em linguagem de programação de computador que dizem como os programas devem funcionar. O código-fonte da urna eletrônica nada mais é, então, que o conjunto de instruções às quais os sistemas eleitorais, desenvolvidos pelo TSE, obedecem.

Fazendo uma comparação com algo do seu dia a dia, pense numa receita de um bolo de chocolate com cobertura. A receita completa seria o código-fonte do doce. Ela define o que o cozinheiro deve fazer, enquanto o software executado na urna eletrônica seria o bolo produzido a partir do passo a passo contido na receita.

Vale lembrar que, desde o dia 4 de outubro, o código-fonte está integralmente aberto para inspeção de entidades fiscalizadoras que representam a sociedade civil nas etapas de auditoria e fiscalização do processo eleitoral.

2) O que é essa abertura?

É um procedimento realizado pela Justiça Eleitoral que acontece regularmente, antes de cada eleição, e é regulamentado pela Resolução TSE nº 23.673/2021, que trata das ações de fiscalização do sistema eletrônico de votação. A solenidade é uma ação obrigatória do TSE, prevista na Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), e ocorre desde 2002.

A partir das Eleições de 2022, o TSE ampliou de seis meses para um ano antes do pleito o período de fiscalização do código-fonte. Este ano, por exemplo, o código-fonte foi aberto faltando um ano e dois dias para as Eleições Municipais de 2024. O evento marca o início de 40 oportunidades de auditorias no curso do processo eleitoral.

A abertura do código-fonte da urna reafirma o compromisso da Justiça Eleitoral com a transparência e a segurança do sistema eletrônico de votação, bem como com o fortalecimento da democracia.

3) Até quando as entidades podem realizar a inspeção?

As entidades fiscalizadoras poderão inspecionar o código-fonte até a cerimônia de lacração dos sistemas eleitorais, que acontece semanas antes das eleições.

4) Quem pode inspecionar?

Ao longo desse período, instituições públicas, órgãos federais, partidos políticos, universidades e a sociedade civil poderão acompanhar e analisar o código, mediante agendamento prévio, inclusive com acesso a todo o conjunto de softwares da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais.

Com a alteração na Resolução TSE nº 23.673/2021, que atualiza a lista de entidades legitimadas a fiscalizar o processo eleitoral brasileiro, 14 instituições estão autorizadas a acompanhar as fases de auditoria das urnas e dos sistemas eleitorais.

São elas: partidos políticos, federações e coligações; Ordem dos Advogados do Brasil; Ministério Público; Congresso Nacional; Controladoria-Geral da União; Polícia Federal; Sociedade Brasileira de Computação; Conselho Federal de Engenharia e Agronomia; Conselho Nacional de Justiça; Conselho Nacional do Ministério Público; Tribunal de Contas da União; Confederação Nacional da Indústria, demais integrantes do Sistema Indústria e entidades corporativas pertencentes ao Sistema S; entidades privadas brasileiras, sem fins lucrativos, com notória atuação em fiscalização e transparência da gestão pública, credenciadas junto ao TSE; departamentos de tecnologia da informação de universidades credenciadas junto ao TSE.

5) Onde acontece essa inspeção?

Todos os programas e sistemas permanecerão abertos, em tempo integral, numa sala de vidro clara, iluminada e pública, localizada no subsolo do prédio TSE, para que as instituições possam fiscalizar.

A Justiça Eleitoral prepara um ambiente seguro para deixar os sistemas a serem utilizados na eleição à disposição das entidades fiscalizadoras interessadas, que podem utilizar ferramentas automatizadas para identificar erros ou más práticas de programação e até solicitar os esclarecimentos que julgarem necessários ao Tribunal.

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE - Inspeção código-fonte, TPS 2023 - 10.10.2023

6)  Investigadoras e investigadores do Teste da Urna também têm acesso ao código-fonte?

É isso mesmo. Os pré-inscritos no Teste Público de Segurança (TPS) da Urna 2023, que vai ocorrer de 27/11 a 1/12, também puderam inspecionar o código-fonte da urna em períodos específicos: entre os dias 9 e 13 de outubro ou de 16 a 20 do mesmo mês. As informações obtidas pelos pré-inscritos durante a inspeção serão utilizadas para subsidiar os planos de testes apresentados à Comissão Reguladora do evento, que poderá opinar pela aprovação ou não dos documentos.

Na semana do Teste da Urna, investigadoras e investigadores também terão oportunidade de avaliar o código-fonte a qualquer momento, uma vez que o conjunto de comandos permanecerá aberto para verificação em equipamentos montados no mesmo ambiente em que ocorre o evento.

O Teste Público de Segurança da Urna é voltado a especialistas com interesse em colaborar com a Justiça Eleitoral no aprimoramento dos sistemas eletrônicos de votação e apuração. Desde a primeira edição, em 2009, o Teste contribui para que ocorram avanços no processo eleitoral. O evento enfatiza, ainda, o caráter de colaboração da sociedade com a Justiça Eleitoral.

Fonte: TSE

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