O Gabinete Extraordinário de Segurança Institucional (Gaesi) realizou, nesta sexta-feira (29), a primeira reunião das forças de segurança pública que atuarão em conjunto na prevenção e repressão de condutas criminosas e ilícitos eleitorais. “Foi dado início ao alinhamento para a ação coordenada. Teremos a atuação colaborativa das áreas de inteligência das instituições e também, quando necessário, ações para coibir com rigor as transgressões à legislação eleitoral”, explicou o presidente do TRE-RJ, desembargador Elton Leme.

Liderado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, o Gaesi terá reuniões periódicas e atuará na proteção de eleitoras, eleitores, candidatas, candidatos, servidoras, servidores, mesárias, mesários e demais colaboradores da Justiça Eleitoral. O Comando Militar Leste é uma das instituições que integram o Gaesi. O processo de participação de tropas das Forças Armadas na segurança das eleições tem início com o pedido pelo TRE-RJ ao Tribunal Superior Eleitoral. Antes, o TRE-RJ já havia obtido apoio do Governo do Estado para a formalização desse pedido.

A situação complexa da segurança pública do Rio, com a presença de territórios ocupados por grupos criminosos, e o clima instabilidade política justificam a iniciativa do TRE-RJ. “Estamos tomando medidas de precaução. O objetivo desse reforço é dar a tranquilidade de que todos os envolvidos na eleição tenham segurança”, explicou o presidente do Tribunal, desembargador Elton Leme. O Gaesi vai trabalhar com mapeamento de áreas críticas, que serão classificadas segundo níveis de risco.

Tolerância zero

“Queremos trabalhar de forma profilática e potencializar a atuação das diversas forças de segurança, segundo suas atribuições. Estou otimista. Essa atuação coordenada de prevenção vai garantir tranquilidade e harmonia”, disse o magistrado. Entretanto, o desembargador Elton Leme garantiu que haverá “tolerância zero” contra qualquer tipo de violência, de grupos armados ou que ameacem “conquistas civilizatórias”, como igualdade de gênero ou tolerância política. “Atuaremos também na repressão. Todo o contingente apto disponível no estado será mobilizado. Não pecaremos por relaxar no aspecto da segurança pública”, disse o magistrado.

O desembargador Elton Leme explicou ainda que a instalação do Gaesi é justamente uma iniciativa de sistematizar a comunicação e o trabalho conjunto das forças de segurança pública. “É uma iniciativa para antecipar a atuação coordenada e garantir que tudo vá transcorrer em ordem. O reforço já começou com a atuação das áreas de segurança dessas forças”, disse o magistrado. “Todas as medidas vão ser tomadas para garantir que o dia 2 de outubro, dia da votação, seja de festa da cidadania e da democracia”, concluiu.

Autoridades envolvidas

Além do presidente, desembargador Elton Leme, participaram do encontro inaugural o vice-presidente e corregedor regional eleitoral, desembargador João Ziraldo Maia, o general Helder de Freitas Braga, do Comando Militar Leste do Exército Brasileiro (CML), a procuradora regional eleitoral, Neide Cardoso de Oliveira, e o procurador-geral Luciano Mattos, do Ministério Público Estadual.

Entre as autoridades presentes, também estavam os representantes do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), juiz federal José Arthur Diniz Borges, da Polícia Federal no Rio, delegado Jackson Allanic, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), inspetor Tadaharu Isaac Monteiro, da Polícia Civil, delegado Carlos Antônio de Oliveira, da Polícia Militar, coronel Rogério Lobasso, da Polícia Penal, subsecretário de Inteligência do Sistema Penitenciário Leonardo Franceschin, e da Guarda Municipal do Rio, inspetor Wagner Guimarães.

O juiz-auxiliar da Vice-Presidência e Corregedoria Regional Eleitoral, Rudi Baldi, e o assessor de Pesquisa e Análise da Presidência, Marcio Tobias, também representaram o TRE-RJ na reunião, que ainda teve a presença do chefe da Assessoria de Relações Institucionais do CML, general Ernesto de Lima Gil, do auxiliar da função de fiscalização da propaganda da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), procurador Rogério José do Nascimento, e do coordenador de Segurança e Inteligência do MPE, promotor Eduardo Campos.